Coluna de hoje na Folha
O Serra da província?
Ao optar pela escolha de João Lyra Neto para o lugar de Jorge Gomes na Saúde, o governador Eduardo Campos (PSB) apostou no perfil gerencial do vice-governador. Espécie de curinga da equipe de Governo, Lyra vem percorrendo Estados para conhecer experiências bem-sucedidas nas áreas de segurança, educação e saúde.
Em Minas e São Paulo, por exemplo, já esteve por mais de duas vezes e auxiliado por uma consultoria de nível internacional, que serviu, inclusive, ao governador mineiro Aécio Neves, já amadureceu os projetos que tocará de imediato.
Eduardo queria um técnico da área para o setor e chegou a consultar o médico Antônio Figueira, do Imip, que não aceitou, conforme antecipamos nesta coluna. Diante disso, o governador preferiu recorrer a um dos seus melhores quadros.
Na função de vice, João Lyra tem dado conta de todas as missões recebidas, inclusive no campo político. Na Saúde, embora um grande desafio que surge pela frente, não deve ser diferente. A pasta, com suas peculariedades próprias, exige apenas gestão.
E o melhor exemplo disso, no plano nacional, foi José Serra. Acertando, Lyra passará ser o Serra tupiniquim. E com isso se projetar, futuramente, para um vôo político majoritário. Por que, não?
FALTA TRAQUEJO – Por falta de opção, o governador entregou ao ex-superintendente do Metrô do Recife, Sileno Guedes, a interlocução do Palácio com o poder Legislativo. O substituto de Labanca, entretanto, não tem o perfil para a função. Não conhece a Casa, não é ex-deputado e, portanto, não tem a experiência nem o traquejo político exigidos para cumprir com êxito a nova missão. O fato de ser apenas amigo do governador e uma pessoa da sua intimidade não é tudo. A Casa já está com saudade de Labanca.
Longe da velhice - Vaidoso como um pavão, Fernando Lyra ficou sem saber onde enfiar a cara, ontem, quando Eduardo, na posse de João Lyra, se referiu a ele como um político da geração de Pelópidas Silveira, hoje quase centenário. Ser vinculado ao ex-prefeito referência do Recife é uma honra, mas Lyra, que se acha um broto, se sentiu jurássico.
Leite desafia PT e não sai - “Não abro nem para um trem carregado de chumbo”, reagiu, ontem, o pré-candidato do PT a prefeito de Paulista, Sérgio Leite, ao confirmar que não se submete a nenhum tipo de pressão do PT, via Palácio das Princesas, para retirar sua candidatura. A pedido do PSB, Humberto Costa e Dilson Peixoto receberam a delegação de rifar Leite em nome da unidade da base governista.
União em Moreno - Eduardo Campos revelou à coluna que em Moreno a ordem é agregar todos os partidos da base em torno da candidatura do socialista histórico Adilson Gomes. Ali, o PR, de Inocêncio Oliveira, vai de Jane Mendonça e Vavá Rufino, este, embora no PSDB, apoiou Eduardo Campos no segundo turno nas eleições de 2006.
Enfim, a faculdade - Em mensagem ao governador e ao secretário de Educação, Danilo Cabral, o prefeito de Palmeirina, o neo-socialista Eudson Catão, transmitiu a alegria do povo do Agreste pela publicação, no Diário Oficial, do decreto que autoriza o funcionamento da Faculdade de Medicina de Garanhuns. Teve gente que fez lobby contra.
Curtas
VICE EM SÃO JOSÉ 1 – O prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares (PSB), encomendou uma pesquisa ao Ibope para escolher o seu vice. Com apenas quatro pontos de vantagem foi escolhido Ecleriston Ramos, do PTB.
VICE EM SÃO JOSÉ 2 – Evandro, que controla um grupo empresarial com faturamento de R$ 80 milhões/ano, pensou em desistir da reeleição. “Mas, mudei de opinião para dar uma surra em Gilvaney”, diz, referindo-se ao candidato do PR.
DESABAFO – Na sua fala de despedida, ontem, o ex-secretário de Saúde, Jorge Gomes, pediu licença ao governador para fazer um auto-elogio. “Não conheço ninguém mais leal aos princípios de Arraes e do PSB como eu”. Isso é verdade!
'Para o SENHOR Deus, controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir a correnteza de um rio'. (Provérbios 21-1)
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