segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"A guerra na Terra Santa"

Ehud Barak



"Israel está em guerra sem trégua contra Hamas", diz ministro israelense
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da Folha Online



Israel está comprometido em uma guerra sem tréguas contra o movimento radical islâmico palestino Hamas na faixa de Gaza, afirmou nesta segunda-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, à Knesset (Parlamento).
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"Não temos nada contra os habitantes de Gaza, mas estamos comprometidos em uma guerra sem trégua contra o Hamas e seus aliados", afirmou Ehud Barak, no terceiro dia de ataques aéreos israelenses na faixa de Gaza, que já deixaram mais de 270 mortos.

Ministro de Defesa, Ehud Barak, afirma que guerra é sem tréguas
"A contenção que temos observado é uma fonte de força. Lutamos com uma vantagem moral. Eles disparam contra civis deliberadamente. Nós encurralamos os terroristas e evitamos, na medida do possível, atingir civis quando a gente do Hamas atua e se esconde intencionalmente em meio à população", afirmou o ministro, sobre a ofensiva que está sendo duramente criticada pela comunidade internacional.
A declaração de Barak amplia a tensão diante da grande ofensiva que Israel lançou contra a faixa de Gaza no sábado (27) como resposta à suposta violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o número de mortos já chega a 298 e, segundo a agência France Presse, passa de 300. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Barak disse lamentar que existam vítimas civis dos ataques israelenses, "embora não sejam numerosas" (segundo a ONU, ao menos 51 civis morreram nos três dias de ataques). "Não queremos atacar mulheres, crianças, homens; e não impedimos a ajuda humanitária", completou.
Bloqueio

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O setor de fronteira de Israel com a faixa de Gaza foi declarado 'zona militar fechada' pelo Exército israelense nesta segunda-feira, anunciou um porta-voz militar, no mesmo dia em que a Força Aérea israelense lançou novos bombardeios contra a região que mataram sete pessoas, quase todos menores ou mulheres.
O porta-voz militar informou que as estradas da região estão fechadas aos civis que não têm autorizações militares. A circulação será permitida apenas aos habitantes israelenses da área afetada. A medida pode ser considerada a fase prévia de uma operação terrestre.



Ataques
Nesta madrugada, um ataque a um prédio do campo de refugiados de Jabalya, no norte da faixa de Gaza, deixou um homem, duas mulheres e um bebê de um ano de idade mortos, segundo fontes médicas palestinas.
Outro bombardeio, desta vez contra a cidade de Rafah, no sul de Gaza, deixou dois adolescentes e uma criança da mesma família mortos.
O escritório do chefe de governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, também foi bombardeado nesta madrugada, informou o Exército israelense em comunicado que lista, nas últimas 12 horas, ataques contra 'dúzias de alvos vinculados ao Hamas, como centros de armazenamento e fabricação de armas, túneis, lugares de lançamento de foguetes e armazéns'.
Haniyeh não estava no escritório, já que todos os líderes do Hamas se escondem desde que começou a onda de ataques.



Reação
As milícias palestinas ligadas ao Hamas continuaram lançando foguetes contra o sul de Israel, um dos quais matou um israelense e feriu outros sete na cidade de Ashkelon, informa a rádio pública do país.
Além disso, um ataque palestino feriu quatro israelenses --um deles gravemente-- ao apunhalá-los no assentamento de Kiryat Sefer, em território da Cisjordânia, informou a Polícia.
O agressor ficou gravemente ferido à bala no primeiro aparente ato de vingança fora de Gaza à operação israelense na faixa. Desde o começo da ofensiva, dois israelenses morreram.

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