sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009





Coluna de hoje na Folha
Cadê a crise?

Em conversa, ontem, com este colunista, o secretário de Turismo, Sílvio Filho, previu que o Carnaval pernambucano atrairá 780 mil turistas e que a rede hoteleira terá uma ocupação de quase 100% - 96% para ser mais preciso. Os quatro dias de frevo injetarão R$ 370 milhões na economia do Estado, o que representa, segundo ele, 8% a mais em relação ao ano passado.

“Tudo isso é fruto de uma ampla divulgação que o Governo Eduardo Campos fez lá fora para vender o nosso maior produto, que é o Carnaval”, diz ele. Na verdade, os números são positivos, mas ainda acanhados comparados a Salvador, que atrai três milhões de turistas e movimenta R$ 2 milhões a mais na sua economia.

Mesmo nanico diante da magnitude de Salvador, a verdade é que o Estado teve um incremento significante. Para um ano de crise, em que o tsunami internacional está varrendo os empregos dos trabalhadores brasileiros, os números são dignos de comemoração.

Dá até para perguntar se a crise não chegou ao turismo, uma vez que a ocupação dos hotéis cresceu 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Chegou, é verdade, mas o Carnaval é a festa das ilusões, das fantasias, do irreal. Só quando chegar a quarta-feira de cinzas, como diz a velha marchinha, é que poderemos saber se realmente quem meteu a mão no bolso e se esbaldou pagará suas contas em dia.

RECEPÇÃO CALOROSA– Seis deputados estaduais foram quarta-feira por volta das 18 horas recepcionar o senador Jarbas Vasconcelos, que desembarcava de Brasília depois de virar a grande estrela da mídia nacional em conseqüência da sua entrevista à revista Veja. Há quem entenda no gesto dos parlamentares uma forma de estimular o ex-governador a disputar o Governo do Estado em 2010. Na entrevista, Jarbas deixou bem claro que não iria ceder às pressões. Será?

Puxão de orelha - Nos últimos três dias, o governador Eduardo Campos deu muito puxão de orelha em secretário que não está conseguindo cumprir as metas estabelecidas. As reuniões foram longas e em separado no Palácio do Campo das Princesas. Teve gente que, depois, perdeu o sono.

Com os dias contados - Não terá vida longa o senador Roberto Cavalcanti (PRB), que tomou posse, ontem, no lugar de José Maranhão, novo governador da Paraíba. Ele responde a vários processos e pelo menos duas ações penais na justiça, uma por corrupção ativa e outra por uso de documentos falsos. Na terceira Vara da Fazenda da Justiça Federal há um caso cabeludo conhecido como “Escândalo da Fazenda Nacional”.

Encontro light - O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, aceitou sediar o primeiro encontro regional do PMDB, previsto para março, no qual o senador Jarbas Vasconcelos deve receber pressões para disputar o Governo do Estado. Ele só pediu para não baterem tanto no Governo, porque teme azedar sua relação com Eduardo.

Tempos bicudos - O prefeito de Palmeirina, Eudson Catão (PSB), perdeu a motivação para brincar o Carnaval depois que soube que a parcela do FPM a ser depositada hoje não dará sequer para enviar à Câmara o duodécimo dos vereadores, que custa R$ 37.808,85. O valor repassado é de R$ 30.872.39. Terá que arranjar mais de R$ 6 mil.

Curtas

AH, BOM! – O vereador Gustavo Negromonte, sobrinho de Jarbas e principal expoente do PMDB na Câmara, informa que não assinou o voto de aplauso ao senador proposto pelo vereador Daniel Coelho porque não estava em plenário.

NO BOLSO – O prefeito de São Lourenço, Ettore Labanca (PSB), está conseguindo, aos poucos, arrumar a casa. Primeiro sinal é a antecipação do pagamento dos servidores, para que possam passar o Carnaval com dinheiro no bolso.

PRÉVIA – “A oposição brincou unida e com a presença de advogados jovens”, disse, ontem, o ex-presidente da OAB, Júlio Oliveira, ao comentar o sucesso do bloco Alvará de Soltura, que, segundo ele, foi uma prévia da eleição de novembro.

'Porque os retos habitarão a terra e os sinceros permancerão nela'. (Provérbios 2-21) Escrito por Magno Martins,

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