Coluna de hoje na Folha
Sinais de conivência
É impressionante a falta de pulso do presidente Lula frente aos atos de vandalismo do MST pelo País afora. Sob o pretexto de marcar com suas cores o Dia Internacional da Mulher, os sem-terra ligados à Via Campesina promoveram invasões e danificaram prédios públicos, como a sede do Ministério da Agricultura, em Brasília. No Espírito Santo, mais de duas mil toneladas de madeiras foram danificadas num porto.
Em Aliança, na Zona da Mata, um sem-terra foi detido, após um confronto com policiais militares, acusado de agredir um PM, que impedia a invasão ao pátio da usina Cruangi. Há menos de um mês, em São Joaquim do Monte, quatro seguranças foram mortos por sem-terra e o único gesto de Lula foi condenar os crimes.
E nada mais! Enquanto a violência campeia sob as barbas do governo, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola, braço formal do MST, é acusada de improbidade administrativa e passa a ter seus bens bloqueados pela justiça de São Paulo.
A entidade é acusada de desviar R$ 3,8 milhões repassados pelo programa Brasil Alfabetizado, do Governo Lula, em 2004. Os fatos ratificam o que disse, recentemente, o presidente do STF, Gilmar Mendes, ao alertar o País para os repasses ilegais da União a essas mesmas instituições, que além de terem agora o carimbo da corrupção, recorrem à violência para invadir até terras produtivas.
BURAQUEIRA – Deputados da oposição voltaram de São José do Egito impressionados com a má-conservação das estradas sertanejas. Mas, falando, ontem, na Rádio Pajeú, o governador Eduardo Campos, em tom de ironia, lembrou que a PE-320 – uma das mais movimentadas no Vale do Pajeú – tem 25 anos e que esperava encontrá-la em bom estado. “Meu governo tem apenas dois anos”, lembra. O trecho mais crítico liga Afogados da Ingazeira ao município de Tabira, de apenas 22 km.
Tombou ou não? - Jornalistas que acompanham a maratona do governador Eduardo Campos ao sertão estavam bem próximos a ele quando parte inferior do palanque armado em Ingazeira ameaçou ceder quando já abandonava o local. “Foi só um susto, ele não chegou a cair”, apressou-se em informar o porta-voz Evaldo Costa. Quem presenciou, entretanto, garante que Eduardo ainda tombou.
Renan não crê em espionagem - Depois de ocupar a tribuna do Senado, ontem, para denunciar espionagem que estaria sofrendo e rememorar casos até hoje não esclarecidos, o senador Jarbas Vasconcelos assistiu o líder do PMDB e seu desafeto, Renan Calheiros, afirmar que nunca houve arapongagem no Congresso. “Era presidente desta Casa quando surgiram as primeiras denúncias. Mandei apurar e nada foi provado”, afirmou.
Olho no Senado - O secretário de Desenvolvimento, Fernando Bezerra Coelho, não vê impedimento na escolha do seu nome para disputar o Senado na coligação de Eduardo estando filiado ao mesmo partido do governador – o PSB. “O critério para montagem da chapa certamente não será esse”, diz. PTB, PR e PT não enxergam assim.
Bateu a canseira - No quarto dia da maratona ao Sertão, auxiliares que acompanham o governador na maratona já começam a reclamar do cansaço. Também pudera: na segunda-feira, a agenda começou as sete da matina na casa do prefeito de São José do Egito e só acabou meia noite, já na casa do prefeito de Afogados da Ingazeira.
Curtas
INVASÃO – Candidato a deputado, o empresário “Toinho do Milhão” começa a esvaziar o curral eleitoral do deputado licenciado e secretário Ângelo Ferreira com a sinalização do apoio do prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares.
DÉFICIT – O prefeito João da Costa regressou, ontem, de Brasília, confiante de que poderá dar um grande passo na redução do déficit habitacional da capital com o novo programa lançado pelo governo Lula. “Vamos buscar parcerias”, diz.
COMISSÕES – Estreante na Câmara do Recife, o vereador Inácio Neto (PTN) anda entusiasmado com a pauta de trabalho na Comissão de Finanças, onde assumiu a vice-presidência. É também integrante das Comissões de Ética e da Juventude.
'Os provérbios dos sábios são profundos demais para serem entendidos pelos tolos'. (Provérbios 24-22)
Escrito por Magno Martins
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