segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009







Eleição na Câmara também será pela manhã
O Senado e a Câmara elegem seus dirigentes em eleição que começa daqui a pouco. No Senado, a eleição começa às 10h e a votação na Câmara, que seria no final do dia, foi antecipada para o mesmo horário. E as regras também sofreram alterações. O eleito não não precisa ter mais maioria absoluta, mas a maioria dos presentes. Isso foi definido, ontem, para evitar que a divulgação do resultado no Senado interfira na eleição da Câmara.
No Senado, a eleição é secreta e se faz por registro no painel eletrônico quando há um só candidato, ou por cédulas de papel colocadas em urna, no caso de haver mais de uma candidatura, como será o caso: os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Tião Viana (PT-AC) lideram chapas distintas. Para o atual presidente, Garibaldi Alves, dar início ao processo de votação, o regimento interno exige a presença, no plenário, de maioria absoluta de senadores (41). O novo presidente se elege ao receber maioria simples dos votos dos senadores presentes e passa, imediatamente, a dirigir os trabalhos.
O tamanho da traição

Na eleição de hoje, quando Senado e Câmara renovam suas mesas diretoras, o que causa mais expectativas em Brasília não é a confirmação da possível volta de um político da velha guarda – José Sarney – ao comando do Senado. Também não é o fato real do PMDB poder assumir hegemonicamente o controle das duas casas – na Câmara com Michel Temer.

O que interessa, na realidade, é identificar o tamanho das traições. A vitória de Sarney no Senado, que já não é mais certa como de início, devido ao fato novo criado com a adesão do PSB à candidatura do petista Tião Viana (AC), respinga no favoritismo de Temer na Câmara.

Ali, 14 partidos formaram um bloco com 200 parlamentares em apoio ao peemedebista. Fala-se numa defecção da ordem de 40%, o que atrapalharia o projeto Temer de ganhar no primeiro turno. Havendo um segundo turno, já num cenário de definição no Senado, teme-se a derrota de Temer, caso Sarney ganhe, para evitar que o PMDB também comande a Câmara.

Mas se Tião sair vitorioso, o mais beneficiado será Temer, que passa a ter chances de ser eleito no primeiro turno. Como o resultado no Senado sai antes, o tamanho das traições cresce ou se reduz dependendo do que ficar definido na Casa Alta.

SURRA ELEITORAL – Em Lagoa Grande, um dos três municípios do Estado em que haverá eleição suplementar no próximo domingo, só uma hecatombe impede que a candidata do PMDB, Rose Garziera, imponha uma derrotada acachapante ao seu adversário, o ex-prefeito Robson Amorim. O prognóstico é da deputada tucana Terezinha Nunes, que participou de comício naquele município, sábado passado, em companhia do senador Sérgio Guerra. Rose é esposa do Jorge Garziera, que ganhou a eleição em outubro passado, mas foi cassado.

Tucano mão-de-vaca - O líder do PSDB na AL, Pedro Eurico, não tem fama de sovina por acaso. Até os outdoors de saudação do ano novo espalhados pela cidade foram confeccionados em preto e branco. Eurico é tão morrinha que, vez por outra, leva uma quentinha de casa para almoçar no buraco-frio.



Ingratidão tira a feição - Dos aliados do senador Sérgio Guerra, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (PSB), é o mais ingrato. Além de não oferecer espaços no seu governo, não divide a gestão com o vice tucano Dufles Pires. O engraçado dessa estória é que, não fosse o prestígio do presidente nacional do PSDB, Yves não teria abocanhado uma emenda de R$ 40 milhões no Orçamento Geral da União para 2009.

Intriga mineira - O deputado pernambucano Bruno Rodrigues registrou sua candidatura avulsa a primeiro-secretário da Câmara sem uma consulta prévia ao presidente do seu partido, Sérgio Guerra. Como o principal concorrente de Bruno é um tucano mineiro, Guerra quer que ele desista para não ficar mal com o governador Aécio Neves.

Traição de Lula? - Estranhamente, o presidente Lula, ao ser consultado pelo presidente da CBF sobre as cidades-sede da Copa de 2014, pediu para incluir Belém, capital do Pará, e não Recife. A informação está na coluna Radar, de Veja. O que diz o governador Eduardo Campos, que escolheu São Lourenço para fazer o estádio da Copa?

Curtas
BURACO – O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), calcula que recebeu uma herança maldita superior a R$ 100 milhões dos seus antecessores – Fernando Bezerra e Odacy Amorim. Mas não pretende fazer caça as bruxas.

LUA 1 – O prefeito de Santa Maria da Boa Vista, Leandro Duarte (DEM), que ameaçou excluir alunos das escolas estaduais do sistema de transportes mantido pela Prefeitura, está em lua-de-mel com o secretário de Educação, Danilo Cabral.

LUA 2 – Ao fechar um acordo com o Estado, Santa Maria da Boa Vista passa a servir de modelo, a partir de agora, para municípios que também vivem situação conflituosa. O secretário recebe Leandro esta semana para bater o martelo.

'Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá. Mateus 7,7.Escrito por Magno Martins

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