O guloso PMDB

O partido controla ainda o Ministério da Defesa, com Nelson Jobim, que teve sua verba aumentada no governo Lula ano após ano e em 2009 chegou a R$ 51,38 bilhões. O Ministério de Minas e Energia, com o senador Edison Lobão, controla R$ 7,1 bilhões, sem contar os recursos das cobiçadas estatais do sistema elétrico que sofrem forte influência do partido.
Já o ministro Geddel Vieira, um dos fiadores da adesão do PMDB da Câmara ao governo Lula, administra um orçamento de R$ 12,96 bilhões no Ministério da Integração Nacional, que tem entre suas principais atribuições a revitalização e transposição do rio São Francisco.
No Congresso, o presidente da Câmara, Michel Temer, administra uma verba de R$ 3,5 bilhões, enquanto o senador José Sarney tem um orçamento na presidência do Senado de R$ 2,7 bilhões. Isso sem falar, ainda, dos ministérios das Comunicações e Agricultura, com orçamentos, respectivamente, de R$ 6,27 bilhões e R$ 7,64 bilhões. É um partido guloso, como disse Jarbas.
HAJA DINHEIRO! – Nas estatais, o poder de fogo do PMDB também é algo de cair o queixo. O grupo Eletrobrás tem no orçamento global de investimentos R$ 7,2 bilhões. Seu presidente, José Antônio Muniz Lopes, foi indicado pelo presidente do Senado, José Sarney. Já a Eletronorte, que integra o grupo Eletrobrás, presidida por Lívio Assis – nomeado com as bênçãos também de Sarney e do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) – tem verba de R$ 600 milhões para investir este ano.

Sem reversão no Supremo - Os próprios aliados do agora ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado na noite de terça-feira, perderam as esperanças de ele resgatar o mandato na última instância judicial – o Supremo Tribunal Federal. Alegam que o tucano já começou o processo derrotado no TRE paraibano e que, depois de três baques no TSE, o Supremo jamais iria contrariar a decisão.
Cenário de 2010 - Pelos prognósticos ouvidos no buraco frio da Assembléia, só três deputados estaduais do PSDB estariam, hoje, com a reeleição garantida: Antônio Moraes, Raimundo Pimentel e Claudiano Martins. Eles teriam acima de 50 mil votos, mínimo exigido para emplacar um novo mandato com o PSDB na chapinha.

Curtas
PODE? – Estranhamente, o vereador Gustavo Negromonte, sobrinho de Jarbas e principal expoente do PMDB na Câmara, não assinou o voto de aplausos pela entrevista do senador à Veja apresentado pelo vereador Daniel Coelho.
PEGOU MAL – Causou profundo mal-estar no Araripe o anúncio do prefeito de Ipubi, Chico Siqueira (PSB), de entrar na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa em 2010. Pelo acordo, ele apoiaria uma liderança da região.
BLOCO – Nosso presidente Eduardo Monteiro, do Grupo EQM, recepciona hoje políticos, empresários, jornalistas e amigos que já confirmaram presença na saída do bloco Imprensa que Vai. A concentração é a partir das 18 horas, na Folha.
'Deus diz: 'Eu salvarei aqueles que me amam e protegerei os que reconhecem que eu sou Deus, o SENHOR'. (Salmos 91-14)
Escrito por Magno Martins
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