sábado, 5 de abril de 2008

"Uma Trégua"


Vibram os agricultores com a "estiagem" de apenas um dia aqui nos rincões da nascente do Rio Pajeú. Pois é, a "serpente" pajeuzeira, por fim, dá passagem para que os agricultores que "moram do outro lado" possam visitar suas lavouras e seus sítios.

O Rio Pajeú(foto da ponte sobre o Rio Pajeú) transbordou do seu leito e deu uma acirrada contudência de poder. Alguém tem dúvidas de que o Pajeú quando deslizante em suas águas "turvas" e acima da média tem que ser respeitado? Não são águas mansas e sim, águas advindas de sangradouros de barragens e açúdes bem como das chuvas que correm para o "Velho Chico" e deságuam no Mar.

Meu pajeú tem uma adversidade dos outros Rios. Carreia suas águas para o São Francisco, o rio da "integração nacional" e deste para o Mar. Como é grande meu Pajeú, como é belo, com suas "bravas" correntes de água, fazendo medo a menino que foge do "remanso" que se origina e se desfaz com rapidez. Que "arranca" sem dó e sem medo as "algarobas" invasoras que teimam em nascer no seu leito. Que irá, por um bom período, matar a sede dos animais e produzir peixes que irão alimentar os ribeirinhos. Com certeza, produzirá uma irrigação para que os produtos hortifrutigrangeiros cheguem às nossas mesas. Banhará o corpo de donzelas e "marmanjos" nos "poços" que suprirão os desejos dos mais "afoitos". É lindo meu Pajeú.

É, o Pajeú é diferente, daqui a seis meses estará novamente precisando de água.

Meu Pajeú, como sinto-me feliz em te ver derramando água no "colo" do São Francisco, alimentando a este e o mar, que como eu, também precisam de ti para viver. Triste permaneço, por observar o desprezo que te dão as autoridades que deviam preservar-te.

(Por: Joel Gomes - às 08:50h)

Nenhum comentário: