quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009







Pensando pequeno
Ao prestigiar a posse do ministro José Jorge, ontem, no Tribunal de Contas da União, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deu, mais uma vez, uma demonstração pública de que é um político amplo, que age como estadista. Antes de virar ministro, Jorge foi implacável adversário de Eduardo.
Já o prefeito do Recife, João da Costa (PT), não age assim e parece que também não faz nenhum esforço nesse sentido. Não deu o ar da sua graça. Mandou José Marcos Lima, secretário de Saneamento, representá-lo. Não sabe - ou a sua assessoria esqueceu de lembrá-lo - que José Jorge não é mais político. É agora ministro vitalício, que não faz mais política partidária. Julga apenas contas, inclusive as dele - Costa. Se um dia, claro, for objeto de análise em Brasília. Escrito por Magno Martins.

PMDB dividido até nas comemorações
A vitória dupla do PMDB, que elegeu os presidentes da Câmara e do Senado na segunda-feira, foi comemorada em duas festas distintas, deixando evidente a divisão do partido. O PMDB da Câmara, liderado pelo presidente eleito Michel Temer (SP) e pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (BA), festejou no salão de um hotel sofisticado de Brasília, com direito a música ao vivo, karaokê e dança. A parte da legenda ligada aos senadores, tendo à frente o novo presidente da Casa, José Sarney (AP), comemorou em tom mais discreto.
O anfitrião consumiu boa parte da festa em sua casa sentado, atendendo à fila de cumprimentos num interminável beija-mão. Quando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou para dar seu abraço em Sarney, encontrou-o postado ao lado de dois ex-presidentes peemedebistas do Congresso que não conseguiram terminar o mandato por suspeita de corrupção: o deputado Jader Barbalho (PA), ainda hoje mais identificado com o PMDB do Senado do que com o da Câmara, e o novo líder Renan Calheiros (AL).
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, telefonou da festa de Temer para cumprimentar Sarney. O único petista visto na casa do novo presidente do Senado foi o senador Delcídio Amaral (MS). A comemoração de Temer foi bem mais eclética, por conta da presença de representantes dos 14 partidos que participaram da aliança vitoriosa, além de quatro ministros de Estado (Saúde, Integração, Defesa e Relações Institucionais) e dezenas de peemedebistas alojados no segundo escalão federal. ( Estado de S. Paulo)
A força de José Jorge

O ex-senador José Jorge deu uma demonstração de força, ontem, ao reunir a fina flor da cena nacional em sua posse no Tribunal de Contas da União. De Pernambuco, a presença mais festejada foi a do governador Eduardo Campos, que teve um gesto de grandeza. Afinal, além de adversário histórico, Jorge chegou ao Tribunal contrariando interesses do presidente Lula.

A solenidade contou, ainda, com a presença do presidente do Congresso, José Sarney; o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que representou o presidente Lula; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, além de cinco governadores – Sergipe, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Espírito Santo e Pernambuco.

Passaram por lá, ainda, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o ex-governador de São Paulo e agora secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin; uma penca de deputados federais, senadores, prefeitos e uma delegação especial de Pernambuco, onde estava o empresário Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM, ao qual esta Folha integra.

No seu discurso, José Jorge fez uma retrospectiva da sua trajetória política, reafirmou sua paixão por Pernambuco e disse que a nova experiência no Tribunal de Contas representa um desafio que encara como se estivesse iniciando agora a sua vida pública.

MERA COINCIDÊNCIA? – Não se trata de contestação de pesquisa, mas parlamentares da oposição estranharam, ontem, a divulgação da pesquisa CNT/Sensus na qual a popularidade do presidente Lula bate a casa dos 84%. O fato é que os números foram anunciados no dia seguinte ao Congresso eleger os presidentes do Senado e da Câmara, dando ao PMDB a hegemonia no Congresso. Pela leitura da oposição, Lula telegrafou, pela pesquisa, uma mensagem ao Congresso de que sua força é superior.

Muy amigos - O governador fez um gesto louvável ao prestigiar a posse de José Jorge no TCU, mas tomou um susto na saudação do novo ministro, que afirmou que no passado o governador foi seu adversário, mas hoje estavam do mesmo lado. Nem Marco Maciel, que conhece Jorge desde criancinha, captou o que quis dizer o velho aliado.

Que Jarbas não saiba - O deputado Carlos Eduardo Cadoca se encontrou, ontem, com o senador José Sarney na posse do ex-senador José Jorge no TCU. Não só o parabenizou pela conquista da presidência do Senado como se derramou em elogios ao seu discurso, que foi, diga-se de passagem, uma resposta implícita às críticas de desafetos. Entre os que combateram Sarney na tribuna, o senador Jarbas Vasconcelos.

Bancada culpada - Na condição de presidente tucano, o senador Sérgio Guerra não assume a responsabilidade pela derrota de Tião Viana. “A decisão foi da bancada”, observa, adiantando que entregou o processo da discussão e acompanhamento da campanha no Senado ao líder do partido na Casa, Arthur Virgílio (AM). Que pagou caro.

Lobby federal - Mais de 300 suplentes de vereadores estão em Brasília fazendo lobby para que a proposta que cria mais 7,4 mil vagas nas câmaras entre da ordem do dia. O presidente da Câmara, Michel Temer, já se comprometeu em levar o assunto aos líderes. Na próxima semana, os suplentes pretendem fazer barulhento ato em Brasília.

Curtas

INFLUÊNCIA– O deputado Wolney Queiroz (PDT) divergiu da bancada quando fechou questão pela candidatura de Aldo Rebelo à presidência da Casa e teve papel decisivo para mudar o voto dos 28 parlamentares pró-Michel Temer.

PAULADA – Sérgio Guerra bateu sem piedade no secretário Fernando Bezerra Coelho na entrevista que deu ao radialista Edenevaldo Alves, da Petrolina FM: “Tudo que Fernando falar dê um desconto de 70%”, disse Guerra.

ADESÃO - Candidato a presidente da Amupe, o prefeito de Itaquitinga, Geovani Oliveira (PMN), ganhou e está festejando o apoio dos prefeitos que integram o Consórcio da Mata Norte e Agreste Setentrional – Comanas. São 22 votos.

'A lei foi-nos dada por intermédio de Moisés, mas o amor e a verdade de Deus vieram-nos por meio de Jesus Cristo.' (João 1, 17)

Escrito por Magno Martins

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